sexta-feira, 23 de novembro de 2012

É, no fim passa


“Chama quando me quiser”.

Disse isso e fechou a porta.
A lágrima que caiu do seu olho direito
Entregou a tristeza que ela sentiu de não estar mais
Por perto pra ouvir qualquer chamado.

É, partir dói.
Mas deixar o outro ir causa dor muito maior.
É, mas a dor passa.

Depois que a porta se fechou, ele tratou de ir
Se deixando esquecer dentro dela.

Até não lembrar.
...
Até não chorar.
...
Até esquecer.
...
Até não mais doer.
...
Até o fim.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O que fomos... foi


Eu não sei dizer qual foi o momento que a gente se perdeu.
Não sei se fui eu quem soltou sua mão
ou se foi você que saltou do meu carro ainda em movimento.
Fato é que não somos nem de longe o que costumávamos ser.
Agora ao seu lado, sempre penso duas vezes no que falar
e fico a espera da sua constante incompreensão.
Somos Como desconhecidos dentro da sua indiferença.
Não sei, você não se parece em nada com antes.
Nem eu. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dessa vez



Um dia você me olhou
E tinha amor ali.
Eu vi.
Olhei de volta com olhos de quem se despede sem querer.

Lembrei de guardar esses e outros momentos nossos
Numa caixinha, pra abrir depois de você ir embora.
Os melhores sorrisos, um ou dois perfumes seus e
As musicas que te ensinei a tocar no som do carro.

Agora me pego olhando pro céu,
Imaginando que qualquer hora dessas
Você vai lembrar-se de fazer o mesmo.
E me perco
Tentando saber no que você deve ta pensando agora.

Sabe,
Ás vezes eu só queria mais do que seus pensamentos pra adivinhar,
Ou algumas palavras e meia dúzia de carinhas sem graça no
Computador.
Eu queria você por perto,
Pra rir do jeito distraído com que eu atravesso a rua e
Pra te ouvir reclamar de qualquer coisa da qual acharíamos
Graça minutos mais tarde.

Dessa vez não vou dizer que estou com saudade,
Depois que você foi embora,
 Aprendi que nem tudo cabe nessa palavra.
Mas se não é saudade o que eu sinto,
Não sei o que mais pode ser.