quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Até logo

Tá tão sem espaço por aqui
Que não ta cabendo nem chorar.
Não sei mesmo dizer onde foi que eu me perdi,
Se na minha propria bagunça, ou na pilha de roupas
Que você deixou.
Aliás, não foi só isso que ficou pra trás,
A gente também acabou ficando por ai.
Com o tempo dá pra aprender,
Entender, que é assim mesmo que as coisas acontecem
E continuar seguindo.
O problema é que não estou livre de me perder
Num sorriso qualquer de meio de rua,
Ou de me achar novamente dentro de uma camisa sua.
É muito esquisito viver assim,
De pequenas despedidas.
Tem sempre alguém pra dizer “até logo”
E ir, deixando seu vazio, pro outro tomar conta.
Isso acontece,
Dói, mas tudo bem.
A diferença é que dessa vez foi você.
E doeu tanto em mim,
Até mesmo pra fingir que estou bem.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Espero


A porta fechou,
A luz apagou
E eu enfim pude chorar.
Ouvi mais uma centena de vezes
Aquela música que faz lembrar seu sorriso 
E só pra não esquecer por completo,
revisito sua ausência aqui em mim.

Esquecer...

Falo como se fosse fácil,
Para parecer aos seus ouvidos
Que não me importo tanto assim.
Mas choro,
Enquanto você se ocupa cada vez mais
De coisas que não envolvem: Nós.

Fecho os olhos e espero.
Mas como quem tem esperança
Do que como quem aguarda.
Espero que as lágrimas sequem,
Que as promessas vinguem,
Que a dor cure,
Que a gente dure.