domingo, 30 de outubro de 2011

Desapego


No meio da minha confusão eu vi Você.
E lhe ter ainda não estava nos meus planos.
Alias, me engano se penso que posso planejar
Apesar de querer, nosso encontro não me deu escolha.

Você também não podia me ter.
(não naquele momento)
Só esqueceu-se de me dizer e acredite, isso eu lamento.
Mas ser esse amor sozinha não dou conta de ser.
Precisava ter, pelo menos um pouco mais de você.

Agora sei que isso não é possível e te digo
Eu sigo, mesmo sendo difícil.
Vou em frente pra não olhar pra trás
E ver Você ainda com olhos de quem realmente se importa.

Tranco a porta, antes de lhe ouvir pedir
que lhe perdoe pelo errar do tempo.
Fecho olhos, e digo pro pensamento
Me dar um tempo e não lhe trazer nem em sonho
De volta pra mim.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Até logo

Tá tão sem espaço por aqui
Que não ta cabendo nem chorar.
Não sei mesmo dizer onde foi que eu me perdi,
Se na minha propria bagunça, ou na pilha de roupas
Que você deixou.
Aliás, não foi só isso que ficou pra trás,
A gente também acabou ficando por ai.
Com o tempo dá pra aprender,
Entender, que é assim mesmo que as coisas acontecem
E continuar seguindo.
O problema é que não estou livre de me perder
Num sorriso qualquer de meio de rua,
Ou de me achar novamente dentro de uma camisa sua.
É muito esquisito viver assim,
De pequenas despedidas.
Tem sempre alguém pra dizer “até logo”
E ir, deixando seu vazio, pro outro tomar conta.
Isso acontece,
Dói, mas tudo bem.
A diferença é que dessa vez foi você.
E doeu tanto em mim,
Até mesmo pra fingir que estou bem.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Espero


A porta fechou,
A luz apagou
E eu enfim pude chorar.
Ouvi mais uma centena de vezes
Aquela música que faz lembrar seu sorriso 
E só pra não esquecer por completo,
revisito sua ausência aqui em mim.

Esquecer...

Falo como se fosse fácil,
Para parecer aos seus ouvidos
Que não me importo tanto assim.
Mas choro,
Enquanto você se ocupa cada vez mais
De coisas que não envolvem: Nós.

Fecho os olhos e espero.
Mas como quem tem esperança
Do que como quem aguarda.
Espero que as lágrimas sequem,
Que as promessas vinguem,
Que a dor cure,
Que a gente dure.

terça-feira, 26 de julho de 2011

É assim

Agora eu não tenho mais a sua voz
Pra preencher o meu silêncio.
O seu perfume não está aqui preso no meu corpo.
E sua risada não acompanha mais a minha.

É assim,
Simples.

Eu finjo maturidade, sorrio,
Digo até logo e deixo pra chorar 
quando chegar em casa.
Ficou vazio depois que você foi embora.
É isso mesmo, sinto saudade e 
Não consigo para de te sentir.
Quero mais é te ter por perto, 
Pra olhar pra mim como
Quem nunca diz o suficiente.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Laço

Abro os olhos 
e acho bonito de ver ao redor deles um laço, de abraços.
Abro o olho e não posso mais vê-los
mas sei que sempre vão estar ali.
Aqui.
Dentro de mim.
Porque o amor é o único barco capaz 
de atravessar o mar da saudade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sinceramente

Fechou os olhos e lembrou de ontem.
Fazia calor, mas isso não a incomodava.
Sentados no chão do quarto abafado,
Tinham alí o mesmo sonho, o mesmo amor.
Com as cabeças tão conectadas, não era preciso falar.
Se conversava como que por telepatia.
"Como se entendiam?"
você não sabe?
Nem eu.
A conexão é algo que não se explica,
se sente e isso, eu sei como é.
Fechou os olhos, lembrou,
E chorou.
A saudade de ontem foi maior do que a força que hoje ela precisava para continuar.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Leia a bula


Recebi de encomenda a missão.  
Um envelope onde se lia: Ajuda! Alivia meu coração.
Não sabendo o que fazer, se te ligava, se corria... 
Achei por bem escrever.
Mas eu não sei escrever assim, de encomenda.
Eu escrevo de mim e por sorte, você acaba se lendo
Aqui, no meio desses bla-bla-blás.
Enfim vamos à receita. 
Para ajudar o coração a sentir melhor, recomendo:
Ver filmes de drama e chorar tudo, comer brigadeiro,

Rir com as amigas, fazer a unha em casa e comprar sapatos.
Mas se nada disso resolver, vai na frente do espelho, se vê,
Se repara e só depois de ter olhando bem,

SE OBRIGA A SER FELIZ!
Coloca nas costas uma mochila, cheia de borboletas dentro e vai pra rua
Beber cerveja.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vamos aos fatos

Sabe,
eu até sei porque você insiste em voltar
bem na hora em que eu tô fechando a porta.
Você coloca a mão pra dentro de novo,
até um pouco do braço, jogando na minha cara
que por mais que eu diga o contrário,
ainda lhe quero ter aqui dentro.

Queria usar a chave que trago no bolso,
tracar a porta e te deixar ai fora,
batendo me pedido pra entrar.
Mas eu não posso, por que antes que
eu alcance a chave,
a minha mão encosta na sua.

Constatações de uma vida sem Tv

O silêncio sobra.


Mas tenho feito as minhas farras, 
tomados as minhas cervejas, 
ouvido minhas musicas, 
escrito as minhas coisas,
enxugado as minha lágrimas.


Tenho recomeçado.


Aliás, tenho aprendido também.
E isso é o que eu sei fazer de melhor.